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Arquitetos: Ibarra Rosano Design Architects
- Área: 338 ft²)
- Ano: 2020
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Fotografias:Bill Timmerman, Damien Rodarte
Descrição enviada pela equipe de projeto. Fechando o círculo... A Casa Schneider é o lar do primeiro cliente dos arquitetos, quase vinte anos após a construção da Residência Garcia, o primeiro projeto tanto para os arquitetos como para o cliente.
Garcia abordou o arquiteto pela primeira vez há 20 anos, para projetar uma casa em um terreno íngreme do deserto, com vistas impressionantes para o vale Tucson. A Residência Garcia — um bloco de concreto, aço e vidro — lançou a jovem empresa com uma publicação na edição “Arizona School” da Architecture Magazine.
Duas décadas, um casamento e dois filhos depois, os proprietários da Residência Garcia (Garcia e Schneider) desejavam morar mais próximo do centro de Tucson e do bonde recém-desenvolvido. A casa deveria abrigar várias gerações, além de acomodar também sua mãe idosa.
Em sintonia com o local e as condições programáticas fundamentalmente diferentes, as duas casas refletem esses contrastes. Enquanto a Residência Garcia é voltada para o exterior, em seu cenário de deserto rural na montanha Tucson, a composição do pátio urbano da Casa Schneider tem foco interno.
O jogo de luz e geometria da Casa Schneider origina-se do lote em forma de cunha, incomum entre duas propriedades adjacentes.
O projeto reconhece a luz solar, única do deserto, e sua qualidade dinâmica ao longo do dia e do ano. Dois volumes se sobrepõem, convidando o sol a lançar seus tons e formas em constante mudança nas paredes brancas rebocadas. Janelas e aberturas animam alegremente a fachada monástica. As plantas se dobram e se facetam para receber o tom em constante mudança da luz do deserto, tanto no interior quanto no exterior.
O projeto remonta à arquitetura tradicional dos bairros históricos de Tucson, com sua paleta simples de gesso branco e madeira, além do pátio central com detalhes minuciosos. A porta de acesso acena calorosamente, o uso de madeira segue nos espaços de reunião internos. O espaço principal gira em torno da lareira, onde o elemento serve como um lugar de conexão e apresenta imagens que fazem referência à cultura da família e à história da região.
Estratégias arquitetônicas regionais explicitam o uso do projeto de pátios para integrar os espaços com natureza e luz solar, proporcionando privacidade e intimidade. Um pátio privado expande o quarto principal para um retiro matinal de ioga e café ao ar livre. O pátio público propicia conversas ao lado da lareira e noites de cinema em família, projetadas contra paredes de gesso branco.
O pátio possui uma abordagem atemporal para ventilação passiva e conforto térmico no deserto. O resfriamento evaporativo inunda o pátio pela massa da chaminé, tornando a lareira externa um ponto focal, mesmo no calor extremo do verão.
Como uma evolução do cliente e do arquiteto, esta interpretação moderna da arquitetura vernacular transforma o lote urbano em um jogo dinâmico de luz do Deserto de Sonora.